terça-feira, 28 de maio de 2024

Pátio do Colégio: Dez Vezes Demolido e Onze Vezes Reconstruído



Pátio do Colégio em 2023

A história de São Paulo é um percurso de notável transformação, que partiu de uma humilde cabana, chamada de "Paupércula Domo" pelo padre jesuíta Anchieta, até ser transformada no Pátio do Colégio, construção icônica que marca o ponto central das crenças e valores da cidade.

Para descrever a acrópole paulista, o entorno e a construção da casa que viria a ser o Pátio do Colégio, ninguém melhor que o próprio padre Anchieta, no livro de Celso Vieira:

"...Erguido pelos índios, o pouso dos jesuítas era uma cabana minúscula, feita de táipa, e coberta de colmo, um tecto imperceptível na lomba do planalto que, entre os ribeiros Tamanduateí e Anhangabaú, se configurava em cidadela triangular, cujos bastiões fossem escarpas. Do viso dessa acrópole rude preeminência de vinte e cinco a trinta metros, desvendava-se todo o horizonte, a várzea dilatada, o curso do Tietê, subindo e srpeando, as veredas transitáveis não abriam mais de quatro portas à cidadela - duas ao norte, duas ao sul, vigiadas as primeiras, no vértice do triângulo, pela fôrça de Tibiriçá (o pripcipal Martin Affonso), defendidas as segundas, na base, pela gente de Caiubi, velho e fiel cacique. 

Olhos d'água brotavam pelas encostas, pelos barrancos de schisto e grez entre os morros contíguos, perdia-se o cabeço dominante na espessura da mata virgem, sob névoas; 

Ao poente, verdejavam terras umbrosas de caça e fruto com os ,seus pinheirais, as suas colméias, bandos de garças róseas ou níveas à orla das lagoas.

O abrigo dos religiosos media quatorze passos de comprimento por dez ou doze de largura: tinham eles aí, conjuntamente, igreja, escola, dormitório, enfermaria, refeitório, casinha e dispensa. Mas não invejavam a pompa dos castelos reais, lembrando que um estábulo fora bastante à divindade infantil de Jesus, um crucifixo à redenção do mundo. Logo depois, com auxílio dos irmãos e dos íncolas, o padre Afonso Braz encetou, dirigiu a construção do colégio e do tempio, arquitectura lavrada em pedra vermelha de limonito. No dia de Todos os Santos, em 1556, os jesuítas inauguraram processionalmente a sua nova igreja.

E à sombra do templo, confiantes, já se aglomeravam as casas de táipa dos indígenas. Durante a, noite, como se .abrigassem nessa estreiteza e penúria vinte homens ou mais, entrechocavamse as redes suspensas do travejamento. Sem agasalho, os irmãos regelados tiritavam sob a invernibrava, entorpecidos já pelo sono, ou se comprimiam, aquecendo-se uns aos outros, macilentos na sua roupeta, derredor do braseiro escassamente nutrido". 


Paupercula Domo 1553

Contrariando as ordens da Coroa Portuguesa, Anchieta juntamente com os Jesuítas decidiram ampliar as fronteiras culturais e geográficas, estabelecendo amizade com os Tupis e subindo a Serra do Mar, criando assim uma péssima relação com os colonizadores, numa birra que duraria por mais de 200 anos.  

Nesse ponto é importante dizer que a princípio, os jesuítas desempenhavam um pequeno papel como braço religioso dentro do projeto de colonização portuguesa, mas que, no entanto, acabou crescendo e tomando proporções que masi tarde gerariam conflitos com a coroa, a ponto de serem expulsos no século XVIII. Porém, os chamados "cientistas de batina preta" tiveram importante papel na preservação da cultura, na codificação da língua Tupi e com as mais detalhadas anotações de animais, plantas e todas as outras riquezas materiais aqui encontradas.

O Pátio do Colégio foi o centro desses estudos e doutrinas feitos pelos jesuítas, tem sido testemunha e protagonista de séculos de história, desde os humildes primordios, quando Anchieta decidiu reunir na Paupércula Domo os 50 catecúmenos, indígenas convertidos, prontos para serem batizados, a fundação da Vila de São Paulo de Piratininga, a consagração do Colégio em 1556 até a acolhida dos moradores da Vila de Santo André da Borda do Campo em 1560, até os dias de hoje, palco dos mais importantes eventos cosmoplitas que a cidade haveria de ter.

Hoje, São Paulo ergue-se como a maior cidade da América Latina, um centro cosmopolita de inovação, diversidade e dinamismo, em seu coração, o Pátio do Colégio permanece como um símbolo da resiliência e da determinação da cidade em preservar sua história, de se reinventar e prosperar ao longo dos séculos.

A Acrópole do Inhapuambuçu: O Início de Tudo

A geografia do local teve um papel fundamental na história e no desenvolvimento de São Paulo, os povos Tupi semi-nômades decidiram se estabelecer na acrópole de Inhapuambuçu (local elevado em Tupi antigo) por ser esta a região mais importante da época. Era um verdadeiro hub logístico, com rios navegáveis que levavam a todo o continente como auto estradas,  e com peabirus, comparados as nossas ruas e avenidas, estrategicamente localizada no topo de uma planície inundada, que também funcionava como um forte, cercado de fossos repletos de jacarés, presentes no imaginário criativo da Idade Média.

Além de 'forte e hub', a colina também servia como 'catedral', a terra dos mortos e dos vivos, com vários cemitérios indígenas tinha seu ponto central na pedra de Itacerá, a pedra atingida por um raio, marcada pelo Deus Tupã como solo sagrado.

No início, quando se cogitava apenas da criação de uma simples aldeia de indígenas convertidos, os nativos desempenharam um papel crucial na escolha do local. O famoso Peabiru Central, uma importante via de comunicação pré-colombiana ligava a costa atlântica à Mesopotâmia paraguaia e ia alem, até a rica civilização peruana, na trilha chamada de Caminho de São Tomé pelos jesuítas, que desempenhou um papel vital no movimento dos conquistadores e na expansão para o interior do continente.

No que diz respeito às motivações políticas e econômicas, o deslocamento da linha demarcatória do Tratado de Tordesilhas para o Ocidente alimentava a crença de que Assunção, cidade espanhola situada no caminho para o Peru, poderia cair sob controle português, incentivou a penetração lusa na região e intensificou o fluxo de aventureiros e comerciantes entre São Vicente e o Paraguai.

A Geografia de São Paulo

O centro de São Paulo está localizado em uma região que possui solos predominantemente sedimentares, compostos por diversas camadas geológicas. A leste da acrópole está a Várzea do Carmo, uma vasta planície alagável que se estende entre os dois rios, que desempenhou um papel vital na história da cidade, servindo como autoestrada fluvial para os Tupis, bem como ponto de trocas comerciais e atividades agrícolas desde os primeiros tempos de colonização. A Várzea do Carmo foi fundamental para o desenvolvimento econômico e social de São Paulo, servindo como um espaço de intercâmbio cultural e econômico entre colonos, indígenas e escravos.


Visualização Topográfica da Acrópole de São Paulo em 1560

Naquela época os relevos naturais ainda estavam intactos, com destaque para o Morro da Forca, hoje Praça da Liberdade, conhecido como Inhapuambuçu pelos Tupis locais. 

No século XIX o material retirado desse morro foi utilizado para aterrar a várzea do Carmo, modificando profundamente a paisagem. Além disso, o Rio Tamanduateí era tão exuberante naquela época que até abrigava um porto, utilizado tanto pelos Tupis quanto pelos portugueses. Atualmente, esse rio está canalizado e a área onde se localizava o porto é conhecida como Ladeira Porto Geral.

...o mesmo trecho da cidade em 2009 - Hoje canalizamos os rios, aterramos a várzea e nivelamos o morro de Inhapumbuçu. Mudamos tudo e com tantos edifícios mal percebemos que o centro foi tirado.

Vários rios desaguavam no Anhangabaú, como o Itororó (hoje Avenida 23 de Maio passa por cima dele) e o Saracura, agora canalizado sob a Avenida 9 de Julho, além da pouco conhecida nascente de Santa Ifigênia, de águas estremamente ácidas e deixava as águas do córrego Anhangabaú intragáveis e não potáveis. No século XVII, a região era chamada de Iacuba, originada do ribeiro que nascia no atual Largo do Paissandu, onde se encontravam as águas da nascente da Rua Brigadeiro Tobias. Ao longo dos anos, o nome foi abreviado para Iacum-Guaçu e Acu.

O primeiro portugueses a chegar ao planalto de Piratininga não foi nenhum dos jesuítas, más sim o misterioso João Ramalho, 'o cara pálida', 'o juruá'(rosto peludo em Tupi) que se transformou em indígena, o primeiro branco a habitar o planalto, junto a seu sogro, Tibiriçá, o Vigilante da Terra, Morubixaba , principal líder Tupi, e que se aliou primeiro ao próprio Ramalho (dando-lhe como esposa a filha Bartira), em data estimada perto de 1532 e, quase vinte anos antes da chegada dos jesuítas em 1552.

Luiz César de Menezes, governador do Rio de Janeiro, mandava dizer a D. Pedro II (1691): – “Os moradores de São Paulo vivem como quase à lei da natureza e não guardam mais ordens que aquela que convém a sua conveniência...” Era voz geral!

O Seculo XVII - Expansão com Hub em São Paulo

Durante o século XVII, São Paulo era uma vila de pequeno porte, caracterizada por uma população dispersa e uma economia agrária baseada predominantemente na agricultura de subsistência.

Desde as primeiras concessões de terras, conhecidas como sesmarias, atribuídas por Martim Afonso de Souza em 1532, até as últimas em 1822, a ocupação e exploração do território brasileiro expandiram-se consideravelmente, impulsionadas pelo movimento das Bandeiras originadas em São Paulo.

Essas concessões não apenas refletiam as relações de poder entre as autoridades locais e metropolitanas, mas também destacavam a diversidade dos beneficiários, que incluíam membros da nobreza real, capitães-mores, governadores e até mesmo residentes comuns. As mudanças nas condições das concessões ao longo do tempo, como prazos para uso das terras e obrigações de pagamento de tributos, evidenciam as transformações sociais e econômicas ocorridas na região ao longo dos séculos.

As bandeiras, partindo da vila de São Paulo com exploradores conhecidos como "paulistas", tinham como objetivo explorar o interior do país em busca de recursos naturais, como ouro e prata, e capturar escravos pelo caminho, tanto indígenas quanto africanos, num processo conhecido como "apresamento".

Com a desorganização do tráfico de escravos africanos devido à ocupação holandesa no nordeste brasileiro, os paulistas voltaram sua atenção para a captura de indígenas para trabalhar nas plantações.

Más os jesuítas mais uma vez se colocava contra o projeto de colonização, conseguiram junto ao Papa Urbano VIII um Breve Papal que proibia a escravidão indígena.

Colégio dos Jesuítas - 1639

Os paulistas de Piratininga se insurgiram contra os jesuítas conflitando com os interesses dos colonos que dependiam dessa mão de obra, no litoral os jesuítas foram efetivamente expulsos da capitania de São Vicente no dia 3 de agosto de 1640 e em São Paulo, na madrugada de 13 de julho de 1640, os colonos se reuniram na praça, em frente ao prédio da Câmara, para ler a sentença contra os jesuítas e logo depois, depredaram o Colégio.

O embate entre os colonos e os jesuítas durou , más no dia dia 12 de maio de 1653, quando as coisas voltavam a se aclamar, retornaram à cidade e praticamente tiveram que reconstruir o colégio, considerando-se então esta reconstrução como a terceira igreja existente no mesmo lugar.

Os colonos e bandeirantes voltaram seu trabalo a todo vapor, percorriam pelas trilhas/peabirus e a rede fluvial dos Rios Tamanduateí-Tietê, com acesso a vastas regiões do continente, seus alvos principais eram as missões jesuíticas espanholas, onde encontravam indígenas já aculturados e considerados valiosos como mão de obra.

Entretanto, o declínio das bandeiras de apresamento teve início na segunda metade do século XVII, com a retomada do tráfico de escravos africanos e o fim da ocupação holandesa no nordeste, que restabeleceu o comércio negreiro. Gradualmente, as atividades bandeirantes foram substituídas pelo sertanismo de contrato, no qual os paulistas eram contratados para combater etnias indígenas rebeldes ou capturar negros fugitivos.

O Século XVIII - A Expulsão dos Jesuítas e Mais Uma Destruição do Colégio

Através do Alvará Régio de 28 de junho de 1759 o Marquês de Pombal, ao mesmo tempo expulsou os jesuítas de Portugal e de suas colônias, suprimindo todas as escolas e colégios jesuíticas; criou as aulas régias ou avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica, que deveriam substituir os extintos colégios jesuítas e criou a figura do “Diretor Geral dos Estudos”, para nomear e fiscalizar a ação dos professores.

O Século XIX e o Fim da Pena de Morte

Durante o governo de Florêncio de Abreu, mais precisamente em novembro de 1881, o prédio passou por sua mais importante e questionável reforma, o engenheiro francês Eusébio Stevaux decidiu modificar seu estilo colonial original para adotar os padrões europeus, o que causou muita insatisfação na construção . população.

Palácio do governo - Pátio do Colégio em 1827

Outras modificações ocorreram em 1885, quando foi proposta a adição de um pórtico com quatro colunas, concluído em 1886.

Mas o estado da igreja já era deplorável e estava desmoronando.

No entanto, as atenções saiam um pouco do Pátio do Colégio e se deslocam para o Sul, mais exatamente, no Bairro da Liberdade.

Um dos aspectos marcantes desse período foi a presença da pena de morte e as execuções por enforcamento, como o famoso caso de Chaguinhas em 20 de setembro de 1821. A forca no Morro da Liberdade tornou-se um símbolo sombrio da justiça da época, enquanto a Capela Santa Cruz das Almas dos Enforcados testemunhava os eventos trágicos ocorridos na região. 


O Século XX e Mais Destruições no Corpo e Alma Colégio

No governo de Jorge Tibiriçá, em 1907, cogitou-se demolir todo o conjunto do Pátio do Colégio para construir algo novo, mas, graças a D'us, essa ideia não se concretizou. Em 1912, com a compra do Palácio dos Campos Elíseos para ser a sede do governo, o antigo palácio passou a ser usado para despachos e recepções.

Nos anos 1920' o Pátio ganha seu mais ilustre presente, a Glória Imortal dos Fundadores de São Paulo, um monumento, criado por Amedeo Zani e inaugurado em 1925. Construído em granito e bronze, possui um pedestal de 22 metros por 12 metros e uma figura feminina no topo representando São Paulo coroando seus fundadores. 

Este monumento reforça o simbolismo do marco zero da cidade e inclui representações do período colonial, como a missa do padre Manoel de Paiva e a catequese de Padre Anchieta. Más, como sempre, houve polêmica em torno de sua construção ocorreu no contexto de um debate entre Adolfo Pinto e Ramos de Azevedo sobre a necessidade de uma obra para celebrar a influência histórica de São Paulo.

Após a questionável reforma, o Pátio do colégio passou a se chamar Palácio do governo, obra do engenheiro francês Eusébio Stevaux que decidiu modificar estilo colonial para um mais europeu.


Na década de 1930, iniciou-se outra polêmica em torno do prédio, que se encontrava em mau estado de conservação e, infelizmente, teve início sua maior demolição. O objetivo era dar lugar a um novo conjunto arquitetônico proposto pelos arquitetos Carlos Alberto Gomes Cardin Filho e Luciano Otávio Gomes Cardin. 

Más, como uma graça divina, durante a demolição, foi descoberto um grosso muro de pau-a-pique, considerado a mais antiga relíquia arquitetônica de São Paulo, que foi preservado.

O plano era ambicioso, com a construção de um prédio de 20 andares ao lado de uma réplica do que teria sido a igreja e o colégio originais, baseados em gravuras da época colonial. Felizmente, apenas parte desse projeto foi realizado, e os dois prédios das antigas Tesouraria da Fazenda e Secretaria da Agricultura sobreviveram.

Durante os anos seguintes, o prédio abrigou diversos órgãos governamentais, e em 1932 tornou-se a sede da Secretaria da Educação e Saúde Pública, permanecendo assim até sua desativação, quando o terreno foi devolvido aos jesuítas em 1953.

O bairro da Liberdade, antes conhecido por suas execuções e lendas sobre espíritos, tornou-se um símbolo de diversidade e cultura com a chegada da comunidade japonesa na década de 1910. A área passou por uma transformação significativa, refletida na presença do portal Torii vermelho e na estação de metrô Liberdade, que hoje conecta os moradores com o resto da cidade.

No ano de 1954, durante as comemorações do IV Centenário de São Paulo, toda a edificação do Pátio do Colégio foi demolida e o terreno foi cedido novamente aos jesuítas, que iniciaram um projeto de reconstrução do edifício do colégio e, em 1976, da Igreja do Bom Jesus.

A reconstrução das estruturas do Pátio do Colégio gerou polêmica. Os defensores do projeto discutiam a importância do local como um monumento histórico da fundação da cidade e como manifestação religiosa católica.

Na década de 1970, o Pátio do Colégio foi reconstruído com materiais modernos, restando apenas uma parede original de pau a pique de 1556. Felizmente, o edifício foi tombado pelo CONDEPHAT e não pode mais sofrer modificações estruturais. Ao fundo, à direita, o edifício Azevedo Villares

Em 9 de junho de 1970, o então prefeito Paulo Maluf colocou a pedra fundamental para a reconstrução, porém, durante as obras, descobriu-se uma parede original, o que gerou um contratempo. A réplica reconstruída em concreto, com telhado perfeitamente alinhado e paredes lisas, contrastava com as construções coloniais.

As obras foram iniciadas na gestão do prefeito Miguel Colassuono, que transferiu recursos para a Sociedade Brasileira de Educação (Companhia de Jesus) executar as obras, a cargo da Construtora Adolpho Lindenberg.

Apesar do pedido de tombamento da área feito pelo CONDEPHAAT em 1975, as obras continuaram. O entorno foi projetado pelo escritório de arquitetura Jorge Wilheim, e as obras iniciaram em janeiro de 1976, durante a administração do prefeito Olavo Setúbal. 


Felizmente, o tombamento pelo CONDEPHAAT impediu reformas posteriores no local.

A minha família, Correa de Moraes/Pagano Brundo, tem sua história profundamente enraizada na região central da cidade, Minha vó Zuzu Pagano nasceu na casa da Rua da Gloria No 4.

Ela e meus tios-avós testemunharam muitas dessas mudanças ao longo dos anos, meus tios-avós sempre me contavam casos sobre os fogos-fatuos dos cemitérios dos Aflitos e dos Tupis, e as energias geomânticas ancestral do Morro Calvo de Inhapuambuçu.

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