Mal chegam ao Sambaqui Itã e sua comitiva se alimentam dos mariscos do prospero local |
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Itã - O homem do Sambaqui |
Itã avança com um pequeno grupo e encontra um diminuto Sambaqui abandonado em meio a uma rica reserva de moluscos, em uma linda praia. Essa pequena formação de 6 homens liderada por Itã é um grupo avançado que tem o objetivo de explorar os arredores, logo após de terem sido expulsos de um rico sitio a alguns quilômetros dali.
Este Sambaqui parece ter sido abandonado devido a escassez de moluscos, mas com o passar do tempo, deixou de ser um sambaqui exaurido e agora apresenta certa prosperidade.
Itã volta a seu grupo familiar acampado no interior e avisa os cerca de 200 integrantes de sua tribo familiar sobre a sua boa descoberta.
Os Sambaquis (do tupi tamba'kï; literalmente "monte de conchas") encontram-se em toda costa brasileira, também são chamados de concheiros, casqueiros, berbigueiros, Sell Middens, etc. Estes depósitos de material histórico desde cedo chamaram a atenção dos colonizadores, foram visitados pelo Imperador D. Pedro II, exímio naturalista, que por eles se encantou, foram alvos de estudos por parte da Universidade de São Paulo e atraíram a atenção de Paul Rivet, o lendário Diretor do Museu do Homem, e "pai" da moderna Antropologia americana. No litoral sul do Brasil foram estudados pelo arqueólogo João Alfredo Rohr.
Aspecto de um sambaqui |
Estes sítios arqueológicos de dimensões monumentais que chegavam a ter até 30 metros de altura serviam de habitação, refugio e até mesmo de cemitério. Durante muito tempo acreditou-se que tratava-se apenas de restos fossilizados de povos antigos, mas estudos recentes indicam que estes montes de concha foram construídos propositalmente.
O estudo destas construções fornece um intrincado material de pesquisa tal qual um quebra-cabeças que nos mostra como foi a vida cotidiana dos homens pré-históricos que habitavam o litoral brasileiro.
Restos de peixes e moluscos indicam que eles eram pescadores e coletores. "Descobrimos que a maioria dos grupos era sedentária e não nômade, como se pensava antes", diz o arqueólogo Paulo DeBlasis, da Universidade de São Paulo (USP).
Restos de fogueira e de alimentos indicam que a dieta dos sambaquieiros vinha principalmente do mar. Algumas comunidades já cultivavam vegetais, o que trazia um problema inesperado: em cadáveres de sambaquis do Rio de Janeiro, a alta incidência de cáries pode estar relacionada ao consumo excessivo de mandioca.
A destreza dos sambaquieiros ficou registrada nos zoólitos, esculturas de pedra que representam mais de duas centenas de animais e de figuras geométricas. Em alguns casos, os artesãos caprichavam tanto nas imagens de peixes que é possível até reconhecer a espécie representada
Desde a planície costeira centro-sul de Santa Catarina, entre Passagem da Barra (município de Laguna) e lago Figueirinha (município de Jaguaruna), foram mapeados 76 sambaquis, dos quais 48 já possuem datação.
A diferença de hábitos culturais e alimentares, levou à conclusão de que o sambaqui era obra de uma sociedade distinta daquela dos Tupi-guaranis, que então povoavam toda a região costeira do país. Estudos recentes, sugerem que os sambaquis foram erguidos por povos que viveram na costa brasileira entre 10 mil e 2 mil anos antes do presente.
O levantamento sistemático de sítios de Santa Catarina e datações permitiu identificar padrões de distribuição espacial nos sambaquis da região, quanto ao contexto sedimentar da época de construção, estratigrafia e idade. Desse modo, reconheceram-se nos sítios da região: cinco contextos geológico-geomorfológicos de localização; três padrões estratigráficos; e quatro fases de ocupação sambaquieira baseadas na quantidade de sítios e no tipo de padrão construtivo dominante.
O maravilhoso trabalho realizado pelos pesquisadores do Museu do Homem do Sambaqui Padre João Alfredo Rhor em Florianópolis – SC promete revelar ainda mais segredos sobre a bela historia dos primeiros homens que habitavam nossas terras, muito antes da chegada dos colonizadores.
O estudo destas construções fornece um intrincado material de pesquisa tal qual um quebra-cabeças que nos mostra como foi a vida cotidiana dos homens pré-históricos que habitavam o litoral brasileiro.
Objetos colocados junto aos corpos indicam o ritual funerário - Museu do Homem do Sambaqui - SC |
A seguir, passo a passo de como os Sambaquieiros faziam os anzóis a partir de um fragmento de osso |
A destreza dos sambaquieiros ficou registrada nos zoólitos, esculturas de pedra que representam mais de duas centenas de animais e de figuras geométricas. Em alguns casos, os artesãos caprichavam tanto nas imagens de peixes que é possível até reconhecer a espécie representada
Desde a planície costeira centro-sul de Santa Catarina, entre Passagem da Barra (município de Laguna) e lago Figueirinha (município de Jaguaruna), foram mapeados 76 sambaquis, dos quais 48 já possuem datação.
Utensílios para trabalhos diversos |
O levantamento sistemático de sítios de Santa Catarina e datações permitiu identificar padrões de distribuição espacial nos sambaquis da região, quanto ao contexto sedimentar da época de construção, estratigrafia e idade. Desse modo, reconheceram-se nos sítios da região: cinco contextos geológico-geomorfológicos de localização; três padrões estratigráficos; e quatro fases de ocupação sambaquieira baseadas na quantidade de sítios e no tipo de padrão construtivo dominante.
O maravilhoso trabalho realizado pelos pesquisadores do Museu do Homem do Sambaqui Padre João Alfredo Rhor em Florianópolis – SC promete revelar ainda mais segredos sobre a bela historia dos primeiros homens que habitavam nossas terras, muito antes da chegada dos colonizadores.
ME AJUDOU A FAZER A LIÇÃO DE CASA
ResponderExcluirFico feliz Jacikele Macario , muito obrigado por sua participação!!
ResponderExcluirme ajudou muito para fazer um trabalho
Excluireu adorei esse texto e as imagens tudo sobre os sambaquis
ResponderExcluirfoi muito legal ver os esqueletos,e os anzóis é muito interessante
ResponderExcluirme ajudou muito em um trabalho de escola
ResponderExcluirAline,Ana Paula e Kesia
Escola Aninha Pamplona Rosa
Gaspar-SC
Adorei ! Me ajudou muito no trabalho da Escola!
ResponderExcluirSamira.
E. E. B. Professora Aninha Pamplona Rosa
gostei deste texto me ajudou muito na escola-YURI.
ResponderExcluiressas informações vão me ajudar muito no meu trabalho da escola-GABRIEL.
ResponderExcluirESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA ANINHA PAMPLONA ROSA
GASPAR-SC
me ajudou muito no trabalho da escola e me ensinou o que e sambaquis.
ResponderExcluirPaulo e Jeferson
E.E.B Prof Aninha P Rosa - Gaspa SC
Achei muito legal as histórias dos sambaquis elas são muito interesantes e ajudou muito nos estudos.
ResponderExcluirCaroline Denegredo,Carla C. D.Klabunde.
E.E.B. Professora Aninha Pamplona Rosa.
Gaspar-SC
essas informações são importantes para estudar melhor
ResponderExcluirEscola Aninha Pamplona Rosa
Gaspar - SC
Luiz e Wilian
Me ajudou a entender mais sobre os sambaquis e adorei a foto das lanças.
ResponderExcluirIndianara eJanaina
E.E.B Professora Aninha Pamplona Rosa
Fico feliz por ter ajudado estudantes em suas tarefas - fico mais feliz ainda em saber que essa nova geração entra em meu blog com o nome "Ame o Brasil" e compartilham de minha empolgação por nossa historia e cultura.
ResponderExcluirDesejo a todos vida prospera feliz e brilhante.
muito interesante
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