O Paradoxo do Ünkunahpó - Enquanto parte da
sociedade brasileira entra em decadência por ter descaso com a cultura indígena
e afro brasileira e força as pessoas às valorizarem por meio de uma lei, outra
parte entende e valoriza essa cultura e consequentemente prospera, sem a
necessidade de ‘ter que respeitar uma lei’ para isso.
Ünkunahpó é o titulo de um documentário que
discute aplicação da Lei 11.645/08 , que determina o ensino das Culturas dos
povos Indígena nas salas de aula. Significa "Desenforme" na língua do povo indígena
Ye´pamahsã (Tukano). As pesquisas para o Ünkunahpó contam com a colaboração do
indígena Bu’ú Ye’pamahsã( Tukano-São Gabriel da Cachoeira-AM) ,que também
explica seu significado – “Ünkunahpó vem desenformar os alunos a educação do
Brasil está na forma, no entanto informar a sociedade conscientizando para
tirar da forma, as crianças precisam conhecer desde pequeno as informações da
diversidade a cultura dos povos indígenas da forma como vivem, idiomas,
cânticos, rituais, afinal cada povo tem sua idioma própria, crenças e entre
outros, entretanto as crianças conhecendo a diversidade serão futuros
defensores com respeito e bom cidadão”.
Neste paradoxo vemos que enquanto parte das
pessoas querem reduzir a importância dos índios e os vêem como uma exclusão sem
importância, e por conseqüência saem lesados com a perda de identidade cultural
e desgastes desnecessários, tal como a equivocada iniciativa do poder publico
em reduzir a importância da FUNAI, e conseqüentemente perdem dinheiro e
popularidade; outra parte prospera porque entende e valoriza a cultura
brasileira genuína, empreendedores inteligentes aprenderam a se beneficiar da
cultura dos índios, afro brasileiros, ou seja valorizam o que é a essência do
Brasil e com ela prosperam tal como as empresas Guaraná Antarctica, Havaianas e
a Natura.
Alem do samba , futebol e carnaval, a
imagem do País – “bonito por natureza”, como canta Jorge Ben Jor – diversos
setores da indústria e de serviços levam ao mundo produtos com características
verde-amarelas.
Desde commodities, histórica e
economicamente fortes – como soja, café e laranja – a itens de moda, as
mercadorias do Brasil, em geral, estão em alta no mercado externo. Materias-primas
exclusivas e desenvolvimento sustentável de recursos naturais são fatores que
incrementam o portfólio canarinho. Entre os casos de sucesso, os cosméticos
daqui conquistam cada vez mais espaço e interesse do consumidor internacional.
Uma das primeiras portas que foram abertas
para a maior divulgação da brasilidade no mercado mundial foi a comercialização
no Duty Free de alguns itens genuinamente brasileiros, como a linha Natura
Ekos, da Natura, a cachaça 51 e as famosas Havaianas. Há cerca de dois anos, o
Boticário, por exemplo, incluiu seus produtos nos free shoppings dos principais
aeroportos do País. Segundo executivos do setor, essa é uma das iniciativas
pioneiras que contribuíram para enriquecer a vitrine brasileira e chamar
atenção do público externo.
A Natura é um dos exemplos mais empolgantes
de como a cultura ‘Nova Tupi’ é o
melhor modelo para nos brasileiros seguirmos.
Fundada como uma pequena loja na Oscar
Freire e um laboratório em 1969 por Jean-Pierre Berjeaut e pelo atual presidente,
Antonio Luiz da Cunha Seabra, a Natura tinha o objetivo de vender produtos de
cuidado pessoal que fossem produzidos com fórmulas naturais, de alta qualidade
e a preços competitivos.
Hoje é um dos maiores e mais modernos
complexos industriais do gênero na América Latina e uma grande força de vendas
formada por 6.000 funcionários, que faturou em 2012 R$ 6,3 bilhões, resultado
das operações do Brasil, Argentina, Chile, Peru, México e Colômbia. No terceiro
trimestre de 2012, os cinco países estrangeiros da América Latina representavam
12,3% da receita consolidada.
Em 2002, a Natura lançava a linha Ekos, uma
marca com um modelo pioneiro de fazer negócios de forma sustentável. A marca
foi à natureza buscar ativos da biodiversidade brasileira e aprendeu como unir
seu uso tradicional com o conhecimento científico para transformá-los em
produtos inovadores, com sensoriais inéditos e que respeitam o meio ambiente.
Ao longo desses anos, somente com Natura
Ekos, foram feitas parcerias com 19 comunidades, abrangendo 1.714 famílias. A
linha utiliza 14 ativos da biodiversidade brasileira, cujo fornecimento e
repartição de benefícios geraram, ao longo desses anos, mais de R$ 8,5 milhões
em recursos. Dessa forma, Natura Ekos apóia o desenvolvimento social, o fortalecimento
da economia e o cuidado com o meio-ambiente nas comunidades.
No ano de 2010 a marca inaugurou o seu
maior projeto de sustentabilidade: os sabonetes de murumuru, cupuaçu, maracujá
e cacau, com 20% a 50% de óleo da biodiversidade brasileira, extraídos de
ativos comprados de oito novas comunidades. Com isso, a empresa passa a
beneficiar mais 263 famílias e dobra os recursos financeiros revertidos por
ano.
“Em 2009, revertemos R$ 1,3 milhão ao ano
para todas as comunidades fornecedoras de Natura Ekos e, com os novos
sabonetes, passamos a reverter R$ 2,6 milhões. Além de valorizar os ativos da
biodiversidade, mantendo a floresta em pé, nós nos preocupamos também com as
comunidades parceiras, em nos relacionar com elas de forma ética e justa”, explica
Gilberto Xandó, diretor de Unidade de Negócio. “Aumentar a concentração de
óleos, chegando a 20% a 50%, significa conseguir criar sabonetes únicos nos
formatos e nas sensações que despertam na pele. São sabonetes que valorizam a
nossa cultura e preservam espécies da nossa floresta”.
Para chegar nesse resultado, a Natura levou
cerca de dois anos, entre mapeamento das comunidades, capacitação, articulação
de parcerias e desenvolvimento dos produtos. São oito novas comunidades: Camta
colhe cupuaçu e maracujá; Caepim, Jauari, Coomar, Cofruta, Cart e Santo Antônio
do Tauá fornecem murumuru; e Copoam, cacau. Todas as comunidades fornecedoras
de ativos para os novos sabonetes priorizam sistemas de manejo agroflorestal e
de baixo impacto ambiental. O cacau utilizado nos sabonetes vem de plantação
orgânica certificada, e o maracujá, do reaproveitamento do resíduo da
fabricação de suco. Com a utilização do cupuaçu nos novos sabonetes,
preservam-se 100 km² de Floresta Amazônica. Já o murumuru conserva 3 mil árvores
em pé.
“É um processo complexo. Chegar às
comunidades que fornecem matérias-primas e garantir que elas sejam extraídas ou
cultivadas de forma sustentável, ao longo de toda a cadeia, exige conhecimentos
específicos e articulação de parcerias com comunidades, cooperativas, ONGs,
centros de pesquisa e órgãos do governo”, diz Xandó. “Mas, no final, todo mundo
ganha: natureza, comunidades, consumidores e consultores Natura. Gerar riquezas
para todas as pessoas, das cidades às florestas. Essa é a essência de Natura
Ekos.”
Seguindo o modelo da sociedade nova Tupi a
Nartura não para de prosperar, recentemente fez notícia ao comprar 65% da Emeis
Holdins, fabricante australiana de cosméticos por 148,7 milhões de reais.
E o Kaûim?
A matéria que escrevi em 27 de dezembro de
2012 sobre a ‘cultura nova tupi’ fez um grande sucesso – (o conceito de nova
tupi extrapola como seria o Brasil se os indígenas tivessem preponderância em
nosso estilo de vida nos últimos 200 anos http://ameobrasil.blogspot.com.br/2012/12/como-seria-o-brasil-se-cultura-dos.html
) - eu já esperava por isso, pois assim como eu, muitos brasileiros sentem a
necessidade de valorizar sua própria essência, só não esperava receber diversos
e-mails, ligações telefônicas e até uma carta perguntando onde poderia se
comprar o Kaûim .
Kaûim Carauna - com infusão das folhas escuras de Muira puama ( Carauna significa folha negra em Tupi Antigo) |
Assim sendo, coloco aqui um pouco mais
dessa bebida que pode vir a ser uma nova categoria de bebidas. Nesse novo
capitulo mostro a ação trade marketing do Kaûim Caraúna, um dos mais vendidos
no pais da ‘Cultura Nova Tupi’.
Caraúna significa ‘folha negra’ em Tupi
Antigo, porque este Kaûim tem infusão de Muira Puama (Liriosma
Ovata), planta com propriedades afrodisíacas. Na imagem aparece sua versão
super premium.
Outros projetos coneituais Novo Tupi
1 - Cruzeiro de Luxo nos rios da Amazônia
O arquiteto peruano Jordi Puig criou este
luxuoso barco de 147 pés que acomoda até 32 passageiros, mais a tripulação. É possível
fazer viagens no rio Amazonas com
todos os elementos essenciais de qualquer outro navio de cruzeiro, só que em
escala menor. Há lounges, um jacuzzi (ao ar livre), ginásio e salas de jantar,
além dos lindos e luxuosos quartos com enormes janelas.
2 – Plataforma de pesquisa nas copas das
arvores da Amazônia
Um ousado centro de ciência foi proposto
para a Floresta Amazônica. O projeto, no valor de R $ 6,4 milhões, será
localizado no Xixuaú Xiparina, uma região isolada das florestas virgens em
Roraima, Brasil.
Um centro de ciência, onde pesquisa séria
pode ser realizada, uma passarela com 9,5 km vai descansar nas copas da
floresta tropical. Os cientistas do Royal Botanical Garden – Kew e de outras
universidades poderão utilizar o centro e a passarela para estudar as copas.
O projeto terá foco em valorizar as
comunidades locais e seus interesses de preservação e desenvolvimento
sustentável.
3 – Rede de pesquisa e monitoração da
floresta amazônica
A "Rede Amazônica de Pesquisa" RAP
- é uma central de pesquisas flutuante servida por uma frota de catamarãs, que
monitoram e estudam vários aspectos do complexo ambiente amazônico, mantendo presença
constante de pessoal com o propósito de dissuadir a atividade criminosa no
local tais como a queima, exploração madeireira ilegal e a biopirataria,
atividades estas que cada vez mais ameaçam o delicado ecossistema.
Resultado de uma parceria da agencia de
design Designboom e a equipe do estúdio Arkiz de São Paulo, a RAP tem a
proposta de fornecer ocupação temporária, que aproveitaria da mobilidade
oferecida pelos eficientes sistemas fluviais, de emissão de carbono de
praticamente.
O sistema contaria com unidades de
investigação móveis providas de estações de ancoragem, plataformas flutuantes
de investigação com capacidade de abrigar uma equipe de até 12 pessoas, com os
serviços competentes, alojamentos e seis laboratórios modulares, equipados para
o trabalho de pesquisa de campo. Também poderiam ser convertidos em instalações
médicas para tratar as populações ribeirinhas.
Construídas de alumínio leve e madeira com
uma vela e painéis fotovoltaicos na cobertura, as unidades seriam capazes de
navegar os rios por até uma semana, sem reabastecimento. O projeto prevê ainda
que estas estações sejam separadas de forma eqüidistantes para ampliar a malha
de monitoramento.
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