domingo, 9 de junho de 2013

Como seria o Brasil com a cultura dos índios II – a ‘Cultura Nova Tupi’


O Paradoxo do Ünkunahpó - Enquanto parte da sociedade brasileira entra em decadência por ter descaso com a cultura indígena e afro brasileira e força as pessoas às valorizarem por meio de uma lei, outra parte entende e valoriza essa cultura e consequentemente prospera, sem a necessidade de ‘ter que respeitar uma lei’ para isso.

Ünkunahpó é o titulo de um documentário que discute aplicação da Lei 11.645/08 , que determina o ensino das Culturas dos povos Indígena nas salas de aula.  Significa "Desenforme" na língua do povo indígena Ye´pamahsã (Tukano). As pesquisas para o Ünkunahpó contam com a colaboração do indígena Bu’ú Ye’pamahsã( Tukano-São Gabriel da Cachoeira-AM) ,que também explica seu significado – “Ünkunahpó vem desenformar os alunos a educação do Brasil está na forma, no entanto informar a sociedade conscientizando para tirar da forma, as crianças precisam conhecer desde pequeno as informações da diversidade a cultura dos povos indígenas da forma como vivem, idiomas, cânticos, rituais, afinal cada povo tem sua idioma própria, crenças e entre outros, entretanto as crianças conhecendo a diversidade serão futuros defensores com respeito e bom cidadão”.
 
segundo Bu'ú Ye'pamahsã - ünkunahpo significa 'desenforme'

Neste paradoxo vemos que enquanto parte das pessoas querem reduzir a importância dos índios e os vêem como uma exclusão sem importância, e por conseqüência saem lesados com a perda de identidade cultural e desgastes desnecessários, tal como a equivocada iniciativa do poder publico em reduzir a importância da FUNAI, e conseqüentemente perdem dinheiro e popularidade; outra parte prospera porque entende e valoriza a cultura brasileira genuína, empreendedores inteligentes aprenderam a se beneficiar da cultura dos índios, afro brasileiros, ou seja valorizam o que é a essência do Brasil e com ela prosperam tal como as empresas Guaraná Antarctica, Havaianas e a Natura.

Alem do samba , futebol e carnaval, a imagem do País – “bonito por natureza”, como canta Jorge Ben Jor – diversos setores da indústria e de serviços levam ao mundo produtos com características verde-amarelas.

Desde commodities, histórica e economicamente fortes – como soja, café e laranja – a itens de moda, as mercadorias do Brasil, em geral, estão em alta no mercado externo. Materias-primas exclusivas e desenvolvimento sustentável de recursos naturais são fatores que incrementam o portfólio canarinho. Entre os casos de sucesso, os cosméticos daqui conquistam cada vez mais espaço e interesse do consumidor internacional.

Uma das primeiras portas que foram abertas para a maior divulgação da brasilidade no mercado mundial foi a comercialização no Duty Free de alguns itens genuinamente brasileiros, como a linha Natura Ekos, da Natura, a cachaça 51 e as famosas Havaianas. Há cerca de dois anos, o Boticário, por exemplo, incluiu seus produtos nos free shoppings dos principais aeroportos do País. Segundo executivos do setor, essa é uma das iniciativas pioneiras que contribuíram para enriquecer a vitrine brasileira e chamar atenção do público externo.


A Natura é um dos exemplos mais empolgantes de como a cultura ‘Nova Tupi’  é o melhor modelo para nos brasileiros seguirmos.

Fundada como uma pequena loja na Oscar Freire e um laboratório em 1969 por Jean-Pierre Berjeaut e pelo atual presidente, Antonio Luiz da Cunha Seabra, a Natura tinha o objetivo de vender produtos de cuidado pessoal que fossem produzidos com fórmulas naturais, de alta qualidade e a preços competitivos.

Hoje é um dos maiores e mais modernos complexos industriais do gênero na América Latina e uma grande força de vendas formada por 6.000 funcionários, que faturou em 2012 R$ 6,3 bilhões, resultado das operações do Brasil, Argentina, Chile, Peru, México e Colômbia. No terceiro trimestre de 2012, os cinco países estrangeiros da América Latina representavam 12,3% da receita consolidada.

Em 2002, a Natura lançava a linha Ekos, uma marca com um modelo pioneiro de fazer negócios de forma sustentável. A marca foi à natureza buscar ativos da biodiversidade brasileira e aprendeu como unir seu uso tradicional com o conhecimento científico para transformá-los em produtos inovadores, com sensoriais inéditos e que respeitam o meio ambiente.
 
Ao longo desses anos, somente com Natura Ekos, foram feitas parcerias com 19 comunidades, abrangendo 1.714 famílias. A linha utiliza 14 ativos da biodiversidade brasileira, cujo fornecimento e repartição de benefícios geraram, ao longo desses anos, mais de R$ 8,5 milhões em recursos. Dessa forma, Natura Ekos apóia o desenvolvimento social, o fortalecimento da economia e o cuidado com o meio-ambiente nas comunidades.

No ano de 2010 a marca inaugurou o seu maior projeto de sustentabilidade: os sabonetes de murumuru, cupuaçu, maracujá e cacau, com 20% a 50% de óleo da biodiversidade brasileira, extraídos de ativos comprados de oito novas comunidades. Com isso, a empresa passa a beneficiar mais 263 famílias e dobra os recursos financeiros revertidos por ano.
 
“Em 2009, revertemos R$ 1,3 milhão ao ano para todas as comunidades fornecedoras de Natura Ekos e, com os novos sabonetes, passamos a reverter R$ 2,6 milhões. Além de valorizar os ativos da biodiversidade, mantendo a floresta em pé, nós nos preocupamos também com as comunidades parceiras, em nos relacionar com elas de forma ética e justa”, explica Gilberto Xandó, diretor de Unidade de Negócio. “Aumentar a concentração de óleos, chegando a 20% a 50%, significa conseguir criar sabonetes únicos nos formatos e nas sensações que despertam na pele. São sabonetes que valorizam a nossa cultura e preservam espécies da nossa floresta”.
 
Para chegar nesse resultado, a Natura levou cerca de dois anos, entre mapeamento das comunidades, capacitação, articulação de parcerias e desenvolvimento dos produtos. São oito novas comunidades: Camta colhe cupuaçu e maracujá; Caepim, Jauari, Coomar, Cofruta, Cart e Santo Antônio do Tauá fornecem murumuru; e Copoam, cacau. Todas as comunidades fornecedoras de ativos para os novos sabonetes priorizam sistemas de manejo agroflorestal e de baixo impacto ambiental. O cacau utilizado nos sabonetes vem de plantação orgânica certificada, e o maracujá, do reaproveitamento do resíduo da fabricação de suco. Com a utilização do cupuaçu nos novos sabonetes, preservam-se 100 km² de Floresta Amazônica. Já o murumuru conserva 3 mil árvores em pé.


“É um processo complexo. Chegar às comunidades que fornecem matérias-primas e garantir que elas sejam extraídas ou cultivadas de forma sustentável, ao longo de toda a cadeia, exige conhecimentos específicos e articulação de parcerias com comunidades, cooperativas, ONGs, centros de pesquisa e órgãos do governo”, diz Xandó. “Mas, no final, todo mundo ganha: natureza, comunidades, consumidores e consultores Natura. Gerar riquezas para todas as pessoas, das cidades às florestas. Essa é a essência de Natura Ekos.”

Seguindo o modelo da sociedade nova Tupi a Nartura não para de prosperar, recentemente fez notícia ao comprar 65% da Emeis Holdins, fabricante australiana de cosméticos por 148,7 milhões de reais.

E o Kaûim?

A matéria que escrevi em 27 de dezembro de 2012 sobre a ‘cultura nova tupi’ fez um grande sucesso – (o conceito de nova tupi extrapola como seria o Brasil se os indígenas tivessem preponderância em nosso estilo de vida nos últimos 200 anos http://ameobrasil.blogspot.com.br/2012/12/como-seria-o-brasil-se-cultura-dos.html ) - eu já esperava por isso, pois assim como eu, muitos brasileiros sentem a necessidade de valorizar sua própria essência, só não esperava receber diversos e-mails, ligações telefônicas e até uma carta perguntando onde poderia se comprar o Kaûim .
 
Kaûim Carauna - com infusão das folhas escuras de Muira puama
( Carauna significa folha negra em Tupi Antigo) 
Assim sendo, coloco aqui um pouco mais dessa bebida que pode vir a ser uma nova categoria de bebidas. Nesse novo capitulo mostro a ação trade marketing do Kaûim Caraúna, um dos mais vendidos no pais da ‘Cultura Nova Tupi’.
 
Equipe de trade marketing do Kaûim Carauna - o preferido da geração Tupi-Pop (T-Pop)
Caraúna significa ‘folha negra’ em Tupi Antigo, porque este Kaûim tem infusão de Muira Puama (Liriosma Ovata), planta com propriedades afrodisíacas. Na imagem aparece sua versão super premium.

Outros projetos coneituais Novo Tupi

1 - Cruzeiro de Luxo nos rios da Amazônia
 
Cruzeiro pelas aguas dos ríos amazónicos do arquiteto peruano Jordi Puig
O arquiteto peruano Jordi Puig criou este luxuoso barco de 147 pés que acomoda até 32 passageiros, mais a tripulação. É possível fazer viagens  no rio Amazonas com todos os elementos essenciais de qualquer outro navio de cruzeiro, só que em escala menor. Há lounges, um jacuzzi (ao ar livre), ginásio e salas de jantar, além dos lindos e luxuosos quartos com enormes janelas.

2 – Plataforma de pesquisa nas copas das arvores da Amazônia
 
Plataforma na copa das árvores em Xixuaú Xiparina - Roraima
Um ousado centro de ciência foi proposto para a Floresta Amazônica. O projeto, no valor de R $ 6,4 milhões, será localizado no Xixuaú Xiparina, uma região isolada das florestas virgens em Roraima, Brasil.

Um centro de ciência, onde pesquisa séria pode ser realizada, uma passarela com 9,5 km vai descansar nas copas da floresta tropical. Os cientistas do Royal Botanical Garden – Kew e de outras universidades poderão utilizar o centro e a passarela para estudar as copas.

O projeto terá foco em valorizar as comunidades locais e seus interesses de preservação e desenvolvimento sustentável.

3 – Rede de pesquisa e monitoração da floresta amazônica
 
A futuristica RAP - parceria da Designboon com o estudio de design Paulistano Arkiz
A "Rede Amazônica de Pesquisa" RAP - é uma central de pesquisas flutuante servida por uma frota de catamarãs, que monitoram e estudam vários aspectos do complexo ambiente amazônico, mantendo presença constante de pessoal com o propósito de dissuadir a atividade criminosa no local tais como a queima, exploração madeireira ilegal e a biopirataria, atividades estas que cada vez mais ameaçam o delicado ecossistema.

Resultado de uma parceria da agencia de design Designboom e a equipe do estúdio Arkiz de São Paulo, a RAP tem a proposta de fornecer ocupação temporária, que aproveitaria da mobilidade oferecida pelos eficientes sistemas fluviais, de emissão de carbono de praticamente.

O sistema contaria com unidades de investigação móveis providas de estações de ancoragem, plataformas flutuantes de investigação com capacidade de abrigar uma equipe de até 12 pessoas, com os serviços competentes, alojamentos e seis laboratórios modulares, equipados para o trabalho de pesquisa de campo. Também poderiam ser convertidos em instalações médicas para tratar as populações ribeirinhas.

Construídas de alumínio leve e madeira com uma vela e painéis fotovoltaicos na cobertura, as unidades seriam capazes de navegar os rios por até uma semana, sem reabastecimento. O projeto prevê ainda que estas estações sejam separadas de forma eqüidistantes para ampliar a malha de monitoramento.

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