terça-feira, 21 de abril de 2015

Projeto TEMBI-U

O Projeto Tembi-u trouxe de volta as chamadas ‘festas de exploradores’, que eram feitas pelas famílias paulistanas no final do século XVI.
O movimento T-Pop (Tupi Pop) e o blog ‘Ame o Brasil’ resgatam mais um pouco da historia paulistana e trazem para os dias atuais, os rituais brasílicos antigos - no mais recente deles, o Projeto Tembi-u, Luiz Pagano (criador desse blog) trouxe de volta as chamadas ‘festas de exploradores’, que eram feitas pelas famílias paulistanas no final do século XVI.

Assista ao video do evento 'Projeto Tembi-u'

Quase quinhentos anos depois, Pagano e sua equipe, trazem para o planalto paulistano os elementos da alta gastronomia da Belém amazônica, para uma festa, onde mostra aos integrantes do já bastante evoluído mundo da coquetelaria.
 
João Ramalho e Bartira experimentando frutos de regiões mais afastadas da planície Paulistana
A inspiração para fazer o Projeto Tembi-u veio de pesquisas feitas sobre a historia da Vila de São Paulo de Piratininga do final do século XVI, mais exatamente na área que corresponde ao alto de uma colina escarpada, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, próximo ao colégio (hoje Pátio do Colégio), que funcionava num barracão feito de taipa de pilão, que tinha, por finalidade, a catequese dos índios da etnia Guianas que viviam na região.

Nessa região, aproximadamente no ano de 1580, encontrávamos a residência da família de João Ramalho e Bartira, bem como a de diversas outras famílias de portugueses que acabaram por se casarem com índios. Algumas dessas famílias aderiram a catequese dos padres jesuítas, no entanto outras continuavam seguindo as tradições dos índios. Foi exatamente dessas famílias que trouxemos a tradição das ‘festas de exploradores’.

Apesar de protegida por relevos naturais, essa região não tinha muitas riquezas naturais, os habitantes locais viviam de uma modesta policultura de subsistência, baseada no milho, no qual a canjica, fubá e o angu, eram seus pratos principais. Ocasionalmente o rio Tamanduaí  oferecia grande quantidade de peixes, que eram pescados e colocados a secar (Piratininga significa em tupi – peixe a secar).

A única forma desses habitantes terem acesso a frutas, pesca e caça diferentes, era se aventurando a leste, para além da serra do mar, a também chamada de "Serra de Paranapiacaba" e enfrentar os terríveis Tupinambás do litoral, ou irem para o oeste, em direção ao interior de São Paulo, cuja a passagem menos íngreme do sistema de serras era indicada pelo Pico do Jaraguá (Jaraguá em tupi significa o guardião do vale).
 
Habitantes da Vila de São Paulo de Piratininga tinham que passar pelo Pico do Jaraguá (guardiões do vale em Tupi Antigo) para chegar ao interior
Alem de anunciar as riquezas naturais para os habitantes do planalto Paulistano, o Pico do Jaraguá chegou até mesmo a oferecer ouro. Décadas após a chegada de Luís Martins, o mameluco Afonso Sardinha descobriu ouro no Jaraguá, dando início à chamada febre do ouro paulista.

Mais tarde, quando se falava em bandeirantes, os paulistanos eram os mais mencionados. Isto porque foram os mamelucos de São Vicente, Santo André e São Paulo dos Campos de Piratininga, os que mais se dedicaram ao sertanismo, se comparados às bandeiras baianas, pernambucanas, maranhenses e amazônicas.

Até meados do século XVIII, as ‘festas de exploradores’ eram feitas para celebrar diversos acontecimentos entre povos indígenas, tais como o Pitanga areme (nascer de uma criança), maran-iré (a vitoria numa guerra), ou o rembé mombuká (furar de lábios de jovens índios para a colocação do botoque). As celebrações mais importantes dos Perós (Portugueses) eram as conquistas feitas nas bandeiras, e posteriormente mostrá-las aos moradores da planície.

Provavelmente essas festas foram extintas no mesmo momento em que houve a proibição da língua indígena pelo Marquês de Pombal em 1758.

Quanto ao nome do projeto

Não sabemos ao certo que nome era dado a essas ‘festas de expedição’, no entanto escolhemos ‘Tembi-u’ pois segundo o Professor Emerson Costa, teria o significado de "Gastronomia" em idioma neológico Guarani, traduzido como "tembi'uapokuaa" que literalmente significa "saber (ou ciência de) fazer comida".

Em tupi dá para forjar com elementos cognatos "mbi'uapokuaba". O nome, que designa o objeto da ação em relação ao agente, forma-se dos temas transitivos, com o prefixo emi- (embi-).

Os temas destes nomes pertencem à classe II, podendo sua forma absoluta ser formada pela perda de e- inicial ou pela prefixação de t-. Exs.:
t. ú I tr. “comer”, n. obj. embi-ú:

Ainda para a escolha do nome, não quisemos usar o termo pepyra (m-) - festa ritual de comer e beber; banquete um antropofágico – pois não tinha o canibalismo em mente para essa festa de bons sabores, alem do que, isso poderia ser mal entendido por religiosos e pela imprensa.

Discernindo sobre o canibalismo, fiquei muito feliz de o evento ter sido comparado com a ‘semana de arte moderna de 1922 da coquetelaria’, em seu aspecto antropofágico de deglutir as técnicas mundiais, para em nossa digestão, termos uma mixologia 100% brasileira. É importante que se diga que não tive a intenção de romper com valores europeus, posto que a festa foi patrocinada pela multinacional francesa de bebidas Pernod Ricard em sua ativação ‘Clube do Barman’ e nem a pretensão de promover um evento com o cunho artístico do de Mario de Andrade e Tarsila do Amaral.

A festa do dia 06 de Abril de 2015

Para promover a festa do Projeto Tembi-u com aproximadamente 50 convidados, a exemplo das ‘festas de expedições’ antigas, Luiz Pagano, o idealizador do projeto e a equipe de mixologistas da Pernod Ricard, James Guimarães - co-idealizdor, Alan Souza de Fortaleza e Rafael Mariachi de São Paulo fizeram uma expedição a Amazônia Paraense para coletar dados e elementos locais.
 
Na expedição na região amazônica, Luiz Pagano e sua equipe de mixologistas tiveram os irmãos Tiago e Felipe Castanho como guia para conhecer não só as frutas e ervas da região, mas a riqueza de seu povo e sua sustentabilidade

Na festa que aconteceu no ultimo dia 6 no Centro Cultural Rio Branco, que promete ser a primeira de uma serie de muitas, tivemos os deliciosos e sofisticados quitutes da chefe Regina Pellegrino e contou com a presença dos Irmãos Thiago e Felipe Castanho, importantes chefes de cozinha, que lideram pesquisas locais no que diz respeito a floresta amazônica, mentores de conceituados chefes de cozinha como Alex Atala e Ferran Adriá, Os irmãos Castanho também são proprietários dos restaurantes Remanso do Peixe e Remanso do Bosque em Belém.

Convocamos um debate entre os integrantes do time, os irmãos e os convidados, com o intuito de relevar o importante papel que temos, de mostrar os elementos brasileiros de excelência, bem como do manejo sustentável de ingredientes e a valorização do nosso povo.

Durante o debate, foram apresentados os drinks criados pelos mixologistas, e no final da palestra, uma mesa com quase uma centena de frutas e ervas trazidas da região amazônica, oferecia aos barmans ingredientes únicos para criarem seus próprios drinks e manifestarem seu aprendizado.
 
O evento chegou a ser comparado com a semana de arte moderna de 1922 para a gastronomia e coquetelaria - T'ereîkokatu! (Saúde!, que te sucedam bem os acontecimentos – em Tupi antigo)
Cada vez que surgia um brinde no evento, usávamos o termo T'ereîkokatu! (Saúde!, que te sucedam bem os acontecimentos – em Tupi antigo).



Outras referencias

Pouco mais quanto ao povo que habitou a São Paulo de 1582

Theodoro Sampaio conta um pouco sobre o cotidiano de nosso povo naquele tempo:

"E' facto que, quanto á nacionalidade do gentio de Piratininga, nenhum dos antigos historiadores ou chronistas é assas explicito, mas dizem o bastante para se fixar o habitat da nação Guayanã.
...
Vê-se, portanto, do testemunho dos viajantes, historiadores e até dos archivos das camarás municipaes da Capitania de S. Vicente que nada menos de cinco nações gentias a habitaram no primeiro século do descobrimento: Guayanãs, Tupis, Tupinaês, Tupininquis, Maramomis, não fallando já dos Tamoyos do valle superior do Parahyba. Destas nações, a dos Guayanãs, certamente, occupava o littoral visinho de S. Vicente, como dominava nos campos de Piratininga que o chronista Vasconcellos chamou Campos Eliseos da gentilidade.
...
Azevedo Marques diz ter encontrado no Cartório da Provedoria da Fazenda de S. Paulo, o titulo de uma sesmaria de três léguas na paragem chamada Carapicuhyba, concedida por Jeronymo Leitão aos Índios Guayanãs, oriundos de Piratininga. O mesmo autor, apoiando-se em Pedro Taques, dá-nos a cidade de Taiibaté como tendo sido em sua origem uma aldêa de Índios Guayanãs, emigrados de Piratininga.
...
Mas essa diíferença da lingua Guayanã para o tupi ou para o guarany não ia além da dialectal como, a propósito, opina o Visconde de Porto Seguro. O mesmo Gabriel Soares assim o dá a entender quando nos diz: «... a lingua deste gentio é différente da de seus visinhos, mas entende-se com os Carijós. Reconhece-se, portanto, que a differença lingüística entre os Carijós e os Tupis que lhes ficavam ao norte, pela costa, não era senão a dialectal, a mesma que se nota entre o Guarani/, falado nas margens do Paraguay e a lingua geral, dos primitivos habitadores do littoral brazilico.
...
escrevia Anchieta, é evidentemente tupi e deve ter sido empregado pelos desta língua para designar um povo pacifico, ou pouco belicoso como, de facto, o era aquelle que habitava os campos de Piratininga, gente mouar, fácil de crer em tudo, não tomando iniciativa nos ataques aos seus contrários, não matando os seus prisioneiros.

Guayanã no guarany como no tupi significa ao pé da lettra verdadeiramente manso^ bonachão, derivado de guaya (manso, brando, pacifico), e nã (na verdade, certamente). Vê-se que não é um nome propriamente de nação, mas um appellido, ou designação baseada em seu caracter e génio, dada pelos seus visinhos.

E Anchieta em 1585 dizia a seu Geral que São Paulo “terra de grandes campos era fertilíssima de muitos gados, de bois, porcos e cavalos”.

Segundo Gabriel Soares os porcos paulistanos eram, em 1587, abundantíssimos e notáveis pelo tamanho, “animais de carnes muito gordas e saborosas, fazendo vantagens às das outras capitanias por provirem de terra mais fria”.

Manadas de cavalos viviam errabundas pelos campos.

À noite, soltos pelas ruas da vila, transitavam bovinos e eqüinos.

Em 1598 o procurador Pedro Nunes denunciava que tais animais “faziam muitas perdas às casas e benfeitorias e se caíam muitas paredes”.
...

S. Paulo, 24 de Fevereiro de 1897."
 
Que as festas de expedições - Tembi-u - sejam cada vez mais realizadas em solo brasileiro 
Outras notas quanto a gramática Tupi Antiga

1as. xe-r-embi-ú “o que eu como”,
abs. mbi-ú ou t-embi-ú “o que a gente come”; t. moñáng I tr. “fazer”, n. obj. emi-moñáng:

3a c. s-emi-moñang- -a “o que ele faz, a obra dele”, abs. mi-moñáng-a ou t-emi-moñáng-a “o que a gente faz, obra de gente”; t. suú I tr. “mastigar”, n. obj emi-nduú (cf. 0.3.a):

1as. xe-r-emi-nduú “o que eu mastigo, coisa mastigada por mim”, abs. mi-nduú ou t-emi-nduú “coisa mastigada por gente”; t. kaú I tr. “fazer mingau”, n. obj. emi-ngaú (0.3.a): abs. mi-ngaú “mingau”.

7.4.2. Os tempos dos nomes de objeto formam-se regularmente:
pres. xe- r-emi-ú “o que eu como, minha comida”,
fut. xe-r-emi-ú-r-ám-a “o que eu comerei, o que será minha comida”,
pret. xe-r-emi-ú-p-ûér-a, “o que eu comi,

Aryon Dall’Igna Rodrigues
Volume 3, Número 1, Julho de 2011 81
Morfologia do verbo Tupí

o que foi minha comida”, pret. irreal, xe-r-emi-ú-r-á-mb-ûér-a “o que eu devia ter comido, mas não comi”.



segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Cem anos de GECA TATÚ (JECA TATU)

Geca Tatú (Jeca Tatu) picando fumo ao pé de um Ipê rosa - repleto de Urupês
Em 2018 a critica social intitulada “Urupês” de Monteiro Lobato completará 100 anos, critica essa que parece ter falhado em sua missão fundamental, a de alertar o Brasileiro sobre a existência dos ‘Gecas Tatús’ em meio a nossa sociedade e fazê-los mudar de atitude.

No conto Urupês, publicado num dos últimos capítulos do livro de mesmo nome em 1918, Monteiro Lobato descreve o sertanejo da época, o caipira, o caboclo - lento e avesso ao trabalho, desprovido de cultura e tão desnecessário quanto uma ‘Orelha de Pau’, espécie de fungo que cresce nos troncos das arvores, os também chamados de Urupês (do tupi úrupé”).

Após anos de convívio com esse caipira, Lobato, já muito revoltado, decidiu sentar-se frente a sua escrivaninha e redigir uma carta ao Jornal Estado de São Paulo e fazer uma crítica ferrenha.

O texto tinha o forte propósito de definir o ‘Geca Tatú’ (Jeca Tatu, em grafia atual) nome que criou para o indolente caipira, que tinha o propósito de personificar e ao mesmo tempo, causar reflexão naqueles que, em algumas atitudes, se assemelhavam em um ponto ou em outro, ao Geca.

“O mobiliário cerebral do Geca, à parte o suculento recheio de superstições, vale o do casebre... O sentimento de pátria lhe é desconhecido. Não tem sequer noção do país em que vive”.

“Este funesto parasita da terra é o caboclo, espécie de homem baldio, seminômade, inadaptável á civilização, mas que vive a beira dela, na penumbra das zonas fronteiriças. A medida que o progresso vem chegando com a via férrea, o italiano, o arado, a valorização das terras, vai ele refugindo em silencio, com o seu cachorro, o seu pilão, a pica-pau e o isqueiro, de modo sempre a conserva-se fronteiriço, mudo e sorna”.

“Pobre Geca Tatú! Como es bonito no romance e feio na realidade!”.
 
Urupês 1918
OS GECAS MODERNOS

Sei que a grafia mudou, hoje o nome do personagem é escrito com ‘J’, mas a interpretação que Lobato implicitamente colocou em seu livro, parece também ter mudado, e é por isso que volto a escrever em sua grafia original, com ‘G’, para que resgatemos o personagem original, o ‘Geca em espírito’, que doravante simplesmente será chamado de ‘GECA’.

Obviamente tivemos muitos avanços no Brasil, os caipiras, tais como foram descritos no conto, são figuras raras, mas os ‘GECAS’, existem em abundancia entre nós, em enorme volume estatístico, causando uma má impressão generalizada no brasileiro médio.

Tal como visto acima, nos parágrafos do próprio autor, o GECA é o brasileiro que despreza a tecnologia e os avanços científicos - Encontramos alguns GECAS quando vamos para a pequena cidade de Dumont-MG, terra natal do ‘Pai da Aviação’ e a despeito do titulo grandioso, o GECA, num ato de auto-sabotagem característica, cria a chamada ‘água de Dumont’.

A ‘água de Dumont’ faz com que o tomador vire veado (pejorativo para homossexual), tal qual nosso herói supostamente foi um...

Enquanto os Americanos dubiamente se vangloriam de ter os inventores do avião, os irmãos Wright, em lindos museus e citações glorificantes em diversos livros, os nossos GECAS não só debocham de nosso herói (pouco importa saber a orientação sexual de Santos=Dumont), como também, não cuidam da herança cultural Brasileira com o devido respeito, amor e admiração.

Desnecessário dizer o quanto isso é retrogrado, posto que o museu de Cabangú (na cidade de Dumont-MG), na casa de nascimento do aviador, procura dignamente viver de semi-esmolas e eventos pífios.
 
Urupês 1918
Esse mesmo GECA acha irrelevante o trabalho do professor Miguel Nicolelis, não crê no nosso potencial cientifico e só dá valor nas conquistas tecnológicas do exterior.

O GECA atual passou a entender um pouco mais de política e dos rumos de governo de nosso país, mas é incapaz de se manifestar contra corruptos e mal governantes.

O GECA vê a situação política tal como vê o futebol, “eu voto no PT”, ou “eu voto no PSDB”, e defende esses partidos como se fossem times, “A Dilma roubou mais do que o FHC”, vice-versa, sem se dar conta de que a maioria dos governantes corruptos seguem seu exercido criminoso, sem qualquer oposição importante. O GECA não acha que os corruptos ‘que jogam para o time que ele torce’, mereçam ter punição legal, pois ‘os políticos do time adversário’ também roubaram e não tiveram punição.

O GECA já não é tão preguiçoso quanto o do começo do século, mas ainda assim tende a ter posturas apáticas, acha que o que passa nos noticiários não faz parte da vida dele, é como se fosse um filme em ‘real time’ de uma realidade alternativa.

O GECA não se preocupa com o meio-ambiente, reclama de falta de água e não se dá conta que os principais rios de sua cidade, normalmente bastante poluídos, poderiam estar limpos e vivos.

O GECA diz que o povo suja as ruas e as águas, mas não se dá conta de que ele faz parte do conjunto chamado ‘povo’.

O GECA reclama do transito mas não se dá conta de que ele faz parte do conjunto chamado ‘transito’.

Graças aos GECAS temos em todas as principais cidades, sem exceção, esgotos a céu aberto convivendo ao lado de pontos turísticos, e temos o dúbio orgulho de mostrá-los ao turista. Isso pode parecer tão estranho quanto mostrar uma privada que não se dá a descarga por alguns meses à uma visita.

Graças aos governantes GECAS que optaram por investir pouco no básico e desviar muito de forma fraudulenta, nossas ruas são sujas, sem segurança e sem manutenção, repletas de gente mal educada, os rios urbanos não são navegáveis e não se pode sair as ruas com tranquilidade.

Os governantes GECAS preferem agir com pensamento egoísta, de vingança, ódio e revanchismo, não fazem a menor idéia de que existe uma ciência para administrar uma sociedade, legislam e executam para aumentar seus ganhos e de seus colegas próximos e gente de interesse vil.

Os GECAS ricos preferem andar com capangas, ter carros blindados, casas com segurança redobrada, a ter uma participação social focada na mudança econômica de nossa sociedade.

OS GECAS que saíram do Brasil para tentarem uma vida melhor no exterior preferem viver sob o preconceito dos xenófobos a mudar a realidade do nosso próprio país, muitas vezes engenheiros aceitam empregos de faxineiros e são humilhados pelos GECAS estrangeiros, no final do dia, defendem o pais de seu refugio dizendo “aqui sim temos qualidade de vida”.


A boa notícia é que ainda faltam três anos para o centenário de Urupês e que ainda temos a chance de ter um Brasil livre de GECAS. Devemos seguir a receita de Monteiro Lobato, devemos identificar nossas atitudes GECA, fazer uma profunda auto-analise e encontrar nossos GECAS interiores e concertá-los, um a um. Só assim conseguiremos comemorar o centenário de Urupês  com um Brasil sem GECAS e outros Urupês sociais.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Oportunidades para enriquecer em 2015, se você ‘AMA O BRASIL’

01 – Crie uma superprodução cinematográfica com heróis 100% brasileiros
O Blog ‘AME O BRASIL - <3 O [<O>] – elencou 14 oportunidades de negócios que podem fazer você alavancar um futuro milionário a partir de 2015. As marcas mostradas em baixo do lado esquerdo das imagens, mostram se essas iniciativas já foram feitas (verde) ou se ainda não existem (vermelha):

01 – Crie uma superprodução cinematográfica com heróis 100% brasileiros

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Para esse tema devemos misturar elementos de filmes que mexem com a cultura dos japoneses como Ultraman, e Godzila, com o espírito de ‘ame sua cidade’ apresentado por ‘Ghostbusters’ em relação a New York. Assim criamos os ‘Heróis do Obelisco’, 32 super-heróis, cada qual com poderes e características especificas do povo brasileiro, que defendem a cidade de São Paulo de vilões cruéis como o ‘Anahngá’, terrível monstro do vale do Anhangabaú, bem como das forças corruptas de inimigos de carne e osso da grande cidade tropical.
02 – Montar uma fabrica de camisetas com motivos de pinturas de tribos brasileiras

02 – Montar uma fabrica de camisetas com motivos de pinturas de tribos brasileiras

Essa idéia funciona bem para o pequeno empreendedor, que com pouco investimento, pode chegar a ter múltiplas variações de diversas de camisetas, levando em consideração os 238 povos indígenas do território brasileiro.

 03 - Usar do fato de que o Brasil é o Pais que inventou a aeronáutica e produzir novas aeronaves.

 03 - Usar do fato de que o Brasil é o Pais que inventou a aeronáutica e produzir novas aeronaves.

Ainda bem que a Embraer, o ITA e a FAB, em esforço conjunto, tiveram essa visão (se você não ama o Brasil, você provavelmente acredita que quem inventou o avião foram os Irmãos Wright, e esse item não vai fazer o menor sentido)
O KC-390, revolucionário avião que pretende substituir os ja cansados Hércules, concebido inteiramente executado no Brasil foi apresentado no ultimo 21 de novembro, na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP). Pela primeira vez, a imprensa e representantes de mais 32 países tiveram a oportunidade de ver de perto o maior avião já desenvolvido e fabricado no Brasil.
04 – Forneça soluções e engenharia inteligente para as favelas

04 – Forneça soluções e engenharia inteligente para as favelas

As favelas fazem parte da historia, cultura e sociedade Brasileira, tentar exterminar as favelas para fazer casas populares tem se mostrado uma política bastante equivocada.

A solução apresentada pelo blog Blemya no ano de 2010 'Soluções inteligentes para as favelas' foi a de criar uma empresa especializada em levar saneamento, conforto e infra-estrutura, no estado de arte, a baixos preços para as áreas de favelas.
05 – Toy Art de Orixas e bonecos brasileiros

05 – Toy Art de Orixas e bonecos brasileiros

Grande potencial de se tornar um cult, (pelo menos fez grande sucesso no meu blog, tenho diversos e-mails pedindo para comprar um ( http://ameobrasil.blogspot.com.br/2012/11/orixas-em-toy-art.html
). Seguindo inspiração na boneca Blythe, criada em 1972 pelo designer Allison Katzman, mas que ganhou destaque no ano de 1997, quando a jornalista Gina Garan passou a fotografá-la em diversos lugares, dando assim inspiração ao seu livro "This is Blythe".
06 – Sirva pratos típicos brasileiros em seu restaurante

06 – Sirva pratos típicos brasileiros em seu restaurante

O cultuado chefe Alex Atala é o principal protagonista dessa minha matéria e com certeza, leva o Brasil para o mundo e para os próprios brasileiros como uma ‘coisa muito boa’. Inaugurado em janeiro de 2009, o restaurante Dalva e Dito trouxe para a cidade de Sao Paulo, uma cultura já bastante arraigada no Belém do Pará, de valorizar nossos pratos como cultura Brasileira.
07 – Publique revistas do segmento da cultura TUPI-POP

07 – Publique revistas do segmento da cultura TUPI-POP

Assim como a cultura J-Pop (Japonesa) e K-pop (Coreana), nos também segmentamos e curtimos a cultura de nossos povos indígenas, com anúncios em Tupi Antigo, Nheengatu, e idiomas próprios.
08 – Aplique técnicas de Spa com pinturas indígenas

08 – Aplique técnicas de Spa com pinturas indígenas

A técnica de Pihin (pintura corporal indígena), busca trazer a civilização urbana o equilíbrio supremo através do conhecimento milenar da arte da pintura corporal indígena (http://ameobrasil.blogspot.com.br/2013/09/spa-pihin-ou-spa-nova-tupi-uma-nova.html ). Também conhecida como ‘a terapia completa’, a técnica Pihin promove o melhoramento do indivíduo em todos seus aspectos; físico, estético, mental, espiritual e psicológico, alem de ser uma ótima manifestação de carinho de uma pessoa ã outra.
09 – Faça cosméticos com produtos naturais brasileiros

09 – Faça cosméticos com produtos naturais brasileiros

A Natura é um dos exemplos mais empolgantes da cultura ‘Nova Tupi’. Fundada em 1969 por Jean-Pierre Berjeaut e pelo atual presidente, Antonio Luiz da Cunha Seabra, a Natura tinha o objetivo de vender produtos de cuidado pessoal que fossem produzidos com fórmulas naturais, de alta qualidade e a preços competitivos.

A linha ‘Natura Ekos’ utiliza 14 ativos da biodiversidade brasileira, cujo fornecimento e repartição de benefícios geraram, ao longo desses anos, mais de R$ 8,5 milhões em recursos. Dessa forma, Natura Ekos apóia o desenvolvimento social, o fortalecimento da economia e o cuidado com o meio-ambiente nas comunidades.
10 – Pegue onda na Pororoca

10 – Pegue onda na Pororoca

A exemplo dos investimentos nos esportes de inverno, feitos pela Red Bull na Suíça e na Áustria, o Brasil também entra nesse cenário, com a pratica de esportes em meio às forças da natureza, patrocinados pela marca de energéticos Austríaca.

Em 2005 Serginho Laus conseguiu medir com precisão o que é surfar na pororoca do rio Araguari; Ele foi a 19,6km/h, por num percurso de 11,8km, que durou 36 minutos.

A ABRASPO - Associação Brasileira de Surf na Pororoca é a entidade que desde 1999 anos promove e divulga o surf na pororoca. isso também é uma forma de incentivar o turismo e o intercambio cultural entre o publico jovem.
11 – Administre um hotel/Restaurante Étnico
11 – Administre um hotel/Restaurante Étnico

Escolha uma etnia indígena, ai então, com o auxilio de seus próprios integrantes faça com que seus clientes comam pratos da tribo, aprendam suas historias e principalmente, ajudem a essa tribo a divulgar sua cultura e obter recursos para sua própria expansão de terras de forma sustentável.
12 – Crie um novo segmento de bebidas

12 – Crie um novo segmento de bebidas

o Cauim continua sendo uma bebida ritual dos índios em suas tribos e o destilado de mandioca, a Tiquira, continua sendo produzida com péssima qualidade.

Eu venho Fazendo uma serie de experiências no sentido de produzir o Cauim (Kaüim, em Tupi Antigo) http://ameobrasil.blogspot.com.br/2013/09/receita-em-tupi-antigo-para-o-preparo.html e tenho certeza de que essa pode ser uma grande bebida gastronômica para acompanhar pratos brasileiros, a exemplo do Saque e do Sochu.
13 – Crie Artigos zoomórficos

13 – Crie Artigos zoomórficos

Inspirados em objetos indígenas, e também nos Frank Gehry's Fish Lamps, vemos este ‘Abajur Pirarucu’.
14 – De valor a sua própria historia, seja Tupi-Pop

14 – De valor a sua própria historia, seja Tupi-Pop

Valorize a cultura Tupi-Pop, a exemplo dos Japoneses com o J-Pop e dos Coreanos com o K-Pop, valorizando seus rituais, suas musicas, sua cultura, incorporando a atitudes urbanas dos dias atuais e sendo feliz com sua própria essência. Na foto, mulher usa um botoque janela de plexiglass

——
A boa noticia é que aos poucos o brasileiro tem cada vez mais orgulho dos produtos Brasileiros e isso gera uma grande oportunidade de negócios para os empreendedores que ‘AMAM O BRASIL’. A má noticia é que ainda ha muito por ser feito.

Marcas empreendedoras como Havaianas, Natura, os restaurantes D.O.M. e o Dalva e Dito de Alex Atala, entenderam e faturam alto com essa aposta.

Seria inconcebível para um brasileiro no ano de 1973, ir num restaurante de comida brasileira, tomar cachaça, bebida de boteco pobre na época, usando uma sandália Havaiana e gastar o equivalente a US$ 450,00 no passeio.

Por outro lado, a cultura japonesa insiste em apoiar empresas japonesas. É por isso que a Microsoft vem saindo muito pior do que a Sony no Japão. O mesmo tipo de coisa existe em os EUA também. Muitos norte-americanos gostam de apoiar as empresas americanas, de modo que o 360 detonou o PS3 nas gôndolas dos EUA. Mas no Brasil, continuamos a acreditar que tudo o que vem de fora é melhor do que as coisas brasileiras.

A algum tempo atrás, nos anos setenta, lançar produtos relacionados a cultura dos brasileiros seria fracasso na certa, hoje as coisas mudaram bastante, mas ainda tem muito ainda que mudar, e com isso, temos ainda muita oportunidade de negócios.


terça-feira, 21 de outubro de 2014

SANTOS=DUMONT e o espírito de inovação do brasileiro

Quando eu era adolescente no final dos anos 70, começo dos anos 80, testemunhei um enorme número de colegas partindo para o exterior em busca de mais ‘desenvolvimento’.

Esses amigos trabalharam na construção civil em cidades do Canadá, lavando pratos e copos na Inglaterra, como dekasseguis em cargos baixos no Japão ou como jardineiros em Paris e voltavam falando maravilhas dos países que os colocaram para fazer um trabalho que os moradores locais não estavam dispostos a fazer.

Porque nos rebaixávamos tanto?

Talvez o leitor não encontre nesse blog um texto com o mesmo grau emotivo que este, mas eu precisava tornar publico o que vemos fazendo. 

Santos=Dumont, ficou enormemente desgostoso com o papel da Aeronáutica na Revolução Constitucionalista de 32, quando os paulistas tentaram, pelas armas, derrubar o ditador Getúlio Vargas. “A Aviação foi à trágica surpresa da Revolução”, essa era a frase que se ouvia falar nas ruas do Guarujá, onde Santos=Dumont tentava se recuperar de problemas emocionais profundos. O conflito durou 85 dias, entre 9 de julho a 2 de outubro de 1932 e o Vale do Paraíba foi palco das batalhas mais sangrentas da rebelião.

Dumont não se conformou em estar tão na contra-mão dos acontecimentos, seu sonho era que o avião se transformasse em um instrumento de integração entre povos, nações e culturas, mas imerso em emoções contrarias, cometeu suicido no dia 23 de Julho do mesmo ano (14 dias depois do inicio do conflito), é possível que essa visão antecipada do seu obituário tenha despertado nele o desejo de modificar o então uso de seus inventos para propostas bem mais nobres, a exemplo do que aconteceu com Alfred Nobel, mas que infelizmente não se tornou de conhecimento publico.

A exemplo de Nobel, eu sonho com a criação de uma “ORDEM SANTOS=DUMONT”, bem como a premiação de brasileiros que tenham dedicado seu empenho, intelecto e ética a criações que impulsionem o Brasil a prosperidade, o desenvolvimento tecnológico e conseqüente crescimento. Enquanto essa ordem não se torna realidade, eu uso esse blog como uma forma de combater os chamados ‘males da alma do Brasileiro médio’.

Detesto generalizações, mas é bastante conhecido entre nós brasileiros o conceito de “Complexo de Vira-Latas” que temos, cunhado por Nelson Rodrigues no ano de 1958 no livro ‘A Pátria de Chuteiras’.

o chamado 'Complexo de Vira-Latas' aparece pela primeira vez no livro 'A Patria de Chuteiras', de Nelson
Rodrigues
Segundo Rodrigues, "o brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem".

Um exemplo marcante dessa atitude retrograda, auto sabotadora e contraproducente ocorre na própria cidade de nascimento do aviador – o antigo Município de Palmira, cuja o nome mudou quando da morte do aviador para Município de Santos Dumont – MG, distante, aproximadamente 207 km de Belo Horizonte.

Lá, o museu local não recebe a atenção que deveria (pelo povo e pelo governo), salvo por um pequeno grupo de colaboradores que corajosamente e com muito amor, mantém viva a lembrança do aviador e seus pertences. 

Encontra-se a venda também lá, em diversas lojas de produtos regionais um pequeno frasco com os dizeres “ÁGUA DE DUMNONT”. Trata-se de uma ‘brincadeira’ com a possível homossexualidade de nosso herói nacional.

Água de Dumont - brincadeira com a possível homossexualidade de Santos=Dumont - Exemplo de espírito de Auto sabotagem e baixa autoestima de um grupo de brasileiros
O que parece ser uma ‘brincadeirinha’ dos locais para ganhar um trocado, demonstra a danosa baixa autoestima disfarçada de ingênua auto-ironia.

Ao contrario dos japoneses, que se orgulham de fazer parte de um povo guerreiro, que nunca havia perdido uma guerra até os episódios de Hiroshima e Nagazaki e que usa constantemente esse sentimento aspiracional de grande impacto (entre outros tantos) para impulsionar cada individuo rumo a grandes conquistas individuais, a atitude ridicularizar Santos=Dumont, nos faz distanciarmos cada vez mais de valores de conquistas em prol de nosso próprio pais.
Num evento sem nenhuma pompa, eu (de óculos no canto direito) junto a amigos levamos o lenço que pertenceu a Santos=Dumont para receber a assinatura dos pioneiros, Professos Nicolelis e Juliano Pinto, pioneiros brasileiros em mobilidade bípede. No lenço tem ainda assinatura de Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro e carimbos da ISS, bordado de Santos=Dumont e o 'Coração Alado' de Romero Brito, desenha do pelo mesmo. 

O Lenço de Dumont
O lenço de Santos=Dumont - marco às conquistas brasileiras para a humanidade

Ao se levar em consideração tal sentimento, um grupo de amigos semi-anônimos (do qual agora eu também faço parte), decidimos usar o que eu considero como ‘UMA EXEMPLAR SIMBOLOGIA ASPIRACIONAL’, o ‘LENÇO DE SANTOS=DUMONT’.

Decidimos usar um pertence antigo de Santos=Dumont para coletar assinaturas de brasileiros que conquistam, ou conquistaram importantes avanços tecnológicos em nome de nossa bandeira.

Nesse exato momento, brasileiros incríveis estão fazendo trabalhos incríveis de inovação com foco no amor a humanidade. É o caso do Professor Miguel Nicolelis e seu exoesqueleto, que lindamente foi batizando de ‘Santos=Dumont’.

Da mesma forma que Santos=Dumont deu asas à humanidade, o professor Nicolelis está dando a autonomia bípede a pessoas que tem sua capacidade de andar sobre suas pernas comprometida.

O lenço conta ainda com a assinatura do primeiro astronauta brasileiro, que inclusive levou esse mesmo lenço para o espaço e com a ilustração ‘O CORAÇAO ALADO’ de Romero Brito, que simboliza o amor que serviu de combustível a esses brasileiros para atingirem seus objetivos.
'Coraçao Alado' - ilustração de Romero Brito no Lenço de Santos=Dumont, que representa o amor de nossos compatriotas que dedicaram seu amor a conquistas tecnológicas importantes para a humanidade. neste lenço tem também a assinatura de Marcos Pontes (1o astronauta brasileiro) e os carimbos da Estação Espacial Internacional - saiba mais em http://santosdumontvida.blogspot.com.br/2012/10/comemoracoes-do-primeiro-voo-do-mais.html

Se você se inspirou ao saber desse lenço como símbolo de um lindo movimento que está acontecendo no Brasil, que ajuda a nos impulsionarmos para um maior respeito/amor próprio, nos coloca como iguais a outros cidadãos do mundo (pois realmente não somos nem maiores, nem menores que eles) e que nos faz integrar mundialmente com nosso ‘CORAÇÃO ALADO’, então junte-se a nos.

Se acaso você se indignou ao saber desse lenço, por achar que não deveríamos profanar um pertence antigo e importante, e que tal pertence deveria estar num museu, saiba que essa indignação me acometeu a uns 20 anos atrás, quando soube de algumas centenas de milhares de outros itens do aviador se deteriorando em casas de particulares, em museus mal administrados ou bem tratados em museus de países distantes. 

Faça com que essa indignação seja a mola propulsora e então junte-se a nós, para fazer com que nossas instituições e nosso povo possam cuidar melhor da historia e das conquistas brasileiras.




Essa matéria só perde seu efeito quando você lê e decide não fazer nada a respeito, quando não se encanta por ser brasileiro ou quando decide continuar a levar a vida que vem levando... o Brasil é feito por você em meio a 203 milhões de habitantes.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Brasil – Pátria das Jabuticabas

Numa pesquisa realizada um mês depois da vinda de diversos estrangeiros para o Brasil, o Blog AME O BRASIL (#ameobrasil) fez uma pesquisa com brasileiros que vivem no exterior e estrangeiros que mal saíram do Brasil para elencar as TOP 20 JABUTICABAS mais recorrentes, em ordem de importância.

Não sabe o que são JABUTICABAS? Pois vou explicar - JABUTICABAS são as coisas que todo brasileiro sabe que são brasileiras e muitas vezes sente falta delas no exterior e todo estrangeiro que aqui já pisou, as identifica como sendo tipicamente brasileiras e os remete diretamente de volta às nossas terras.

“Se é do Brasil e não é jabuticaba, não presta” – A frutinha é tão gostosa que parece ter escapado ilesa às criticas de alguns cidadãos brasileiros, tomados pelo complexo de vira-latas, em frases de auto-sabotagem. A Jabuticaba, musa dos quintais de Monteiro Lobato, nativa da Mata Atlântica, é muito apreciada por brasileiros e também pelos estrangeiros. O termo JABUTICABA vem do tupi “iapoti kaba” que significa “frutas em botão”, nome dado pelo fato de essa fruta dar diretamente no tronco e galhos de sua arvore.

A Jabuticaba, para o orgulho do povo brasileiro, é uma fruta silvestre 100% brasileira, típica da Mata Atlântica, encontrada nas regiões tropicais, do Norte ao Sul do país, tem como representante mais gostosa a jabuticaba-sabará (Myrciaria cauliflora), cujos frutos são de tamanho de uvas medias. A planta raramente é cultivada em outros países e climas, e já faz parte da cultura brasileira, serve como uma luva para metaforizar situações e coisas, na maioria das vezes boas, que até podem existir fora do Brasil, mas só fazem real sentido aqui.


1 – JABUTICABA – Não é de se estranhar que a primeira JABUTICABA seja a própria Jabuticaba, afinal ninguém é melhor para representar ela do que ela mesma;


2 – Cachaça e Caipirinha – Essa dupla ficou com o segundo lugar pois costuma ser o primeiro contato de estrangeiros com nossa cultura e também a pedida de brasileiros em bares no estrangeiro, para lembrarem-se de casa. Reconhecidas pelo decreto presidencial no 4.072 de 2002, a cachaça, bem como caipirinha, são consideradas como a bebidas oficiais, típicas e exclusivas do Brasil;


3 – Biquíni e depilação brasileira (Brazilian Wax) – Outra dupla que tambem representa muito bem nossa cultura de praia, foi a pedida quase unânime da população masculina heterossexual;


4 – Samba e Carnaval – Essa foi a opção da turma com mais de 35 anos, mas ainda representa bem o Brasil;


5 – Futebol e o Penta – Acho que essa dupla só pegou em quinto porque os estrangeiros ficaram com pena de nos ofender e os brasileiros não quiseram nem se lembrar da tragédia do 7x1;


6 – Feijoada e em segundo plano o ‘Aroz e Feijão’- Como o arroz e feijão também são pratos típicos de outros países como a Costa Rica, a feijoada se destacou como melhor representante dessa dupla aqui no Brasil;


7 – Capoeira e em segundo Plano ‘Jiu-Jitso Brasileiro’ – O mesmo acontece com a relação Jiu-Jitso Brasileiro e capoeira, posto que o Jiu-Jitso não é tipicamente brasileiro mas encontra sua melhor forma aqui;

8 – Açaí – sem comentários, esse também deveria ter aparecido antes;

9 – Etanol como combustível – Apesar de nos, brasileiros não darmos tanta importância para isso, a comunidade estrangeira nos admira muito por esse exemplo de criatividade, sustentabilidade, engenhosidade e inteligência ao saber aproveitar nossos próprios recursos;

10 – Chuveiro elétrico – ao ver fios desencapados saindo da parede dos banheiros o estrangeiro coça a cabeça e se pergunta “será que esses brasileiros não tem medo da perigosa combinação de 220 volts em contato direto com a água?” Nos, por outro lado, quando entramos na nossa futura habitação no exterior nos perguntamos “Será que vou ter que quebrar a parede para colocar a fiação do chuveiro?”.


11 – Abridor de latas brasileiro – parece ridículo, mas é assunto comum de muito estrangeiro, que se sente maravilhado apos aprender a usá-lo, bem como de brasileiros, que pegam outro tipo de abridor de latas no exterior e exclamam “o abridor de latas brasileiro é bem melhor!”.


12 – Tomar café no copo “americano”, também conhecido como copo de boteco – Sou fã do café e do copo, dizer o que...

13 – Coxinha e pão de Queijo – Não existe brasileiro no exterior que nunca cogitou abrir um pequeno negocio para vender essas iguarias;

14 – Sandálias havaianas – Muitos brasileiros levam havaianas para presentear estrangeiros, em troca de hospedagem. Isso talvez seja uma forma de se vingar do tempo em que os portugueses de 1500, trocavam ouro e pau-brasil por espelhinhos e canivetes;

15 – Novelas – Talvez esse seja o nosso principal embaixador cultural de divulgação do Brasil no exterior;

16 – Padres e pastores falando na TV – A TV veio forte na 15a  e 16a  colocação, os gringos acham que é coisa de brasileiro ter sempre um canal para ouvir os sermões e homilias, e sei de diversos brasileiros que compram canal a cabo no estrangeiro para ouvir as palestras de seus mestres;

17 – Bossa Nova – Se essa pesquisa fosse feita no começo dos anos 2000, a bossa nova estaria na 1a posição, quando todo gringo que estava aprendendo português perguntava “o que significa ‘mais que nada’?”, em referencia a musica de Jorge Bem, regravada por The Black Eyed Peas e  Sérgio Mendes;
18 – Nomes como ‘Danierton’, ‘Cleydoaldo” e “Neymar” – Nomes dados pela classe “C” aos filhos, com intuito que eles parecessem mais ‘chiques’ do que realmente eram por parecerem como nomes gringos. Todo estrangeiro acha estranho que esses nomes soem como uma desastrosa associação do idioma Inglês com o Português;

19 – Guaraná e Castanha do Pará – São os representantes mais antigos de nossa floresta Amazônica;



20 – Brigadeiro - Para terminar essa lista, nada melhor que nossa principal sobremesa. Foi criado na década de 1940 pelo Brigadeiro Eduardo Gomes (1896-1981);

Monumento Ás Banderias Quem é Quem - Por Luiz Pagano

  Monumento às Bandeiras com 32 figuras, e não 37 como relatado em muitos outras referencias (inclusive a Wikipedia e o Site da Prefeitura d...